Akita americano

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A raça Akita Americano está ligada à raça japonesa Akita Inu. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, soldados norte-americanos que combatiam no oriente levaram vários exemplares do Akita japonês para casa e criadores americanos ficaram fascinados com estes patudos. E assim, iniciou-se a criação intencional destes cães no EUA. Em comparação com o seu antepassado japonês, o Akita Americano é maior e mais forte. No entanto, o instinto de caça é comum às duas raças.

Personalidade do Akita americano

Apanhar paus ou guloseimas no ar ou saltar barreiras são atividades que não despertam qualquer interesse nestes patudos. Os cães desta raça, reconhecida oficialmente pela FCI, precisam de ser bem motivados, ou seja, de compreender o objetivo das tarefas que lhe pedem para desempenhar. Com uma enorme capacidade de aprendizagem, elevada inteligência, constituição atlética e forte instinto de liderança, o Akita Americano não é um cão fácil de treinar.

Um companheiro fiel

Antes de mais nada é essencial sublinhar que donos com pouca experiência com cães não devem escolher um Akita Americano. Estes cães precisam de donos muito experientes, seguros e que gostem de desafios. Com um treino adequado e uma boa socialização precoce, um Akita Americano torna-se um cão extremamente fiel, que ama a sua família acima de tudo. Estes cães protegem os donos sem hesitação, são muito atentos e têm capacidades fora do comum que impressionam mesmo os mais experientes.

Viver com um Akita Americano

O Akita Americano precisa de se sentir próximo da sua família e por isso em caso algum deve viver num canil no quintal ou no jardim. Sendo descendentes dos lobos, estes cães gostam de ter a sua matilha por perto e reconhecem os donos e as crianças como parte da família.

Habituado desde pequeno à presença de outros animais de estimação, como gatos, porquinhos-da-índia ou mesmo hamsters, o Akita Americano não demonstra comportamentos agressivos. No entanto, estes cães preferem, regra geral, ter o seu espaço e preferem ambientes onde reina a calma e tranquilidade em vez de situações mais agitadas.

Educação consistente e equilibrada

Também com estranhos, o Akita Americano adota um comportamento reservado. Ele observa de longe os estranhos, mas não demonstra qualquer agressividade. Estes cães, apesar de extremamente corajosos em atividades de caça, têm uma enorme relutância em morder seres humanos. Assim, estes cães não são adequados para trabalhos de proteção.

A educação e treino destes cães é, como já referido, um aspeto essencial para que tenha um amigo fiel. Mas apesar do tamanho e força, estes patudos têm uma personalidade sensível e por isso o seu dono deve manter-se atento aos seus sentimentos. Pressionar ou castigar fisicamente um Akita Americano é um erro grave, que traz ao de cima a sua teimosia e pode mesmo impossibilitar o desenvolvimento de uma relação saudável.

Aspeto do Akita Americano

A cabeça larga e poderosa que forma um triângulo obtuso, as orelhas eretas portadas para a frente e os olhos pequenos e escuros fazem parte da imagem de marca destes cães. Também a cauda grossa, peluda, de inserção alta e portada rolada sobre o dorso distinguem estes patudos, também conhecidos como Grande Cão Japonês.

Akita Inu e Akita Americano: diferenças

Comparativamente ao Akita Inu, seu ascendente direto, o Akita Americano é maior e mais pesado. Os machos desta raça medem cerca de 71 centímetros na cernelha e pesam aproximadamente 55 quilos. As fêmeas são igualmente fortes, medindo 55 centímetros na cernelha e pesando cerca de 40 quilos. O aspeto imponente destes patudos é reforçado com o pelo denso e camada de subpelo espesso e longo (até 5 centímetros). A camada de subpelo é especialmente densa na zona da cauda, cernelha e garupa. Em relação às cores do pelo, o Akita Americano pode apresentar todas as cores, incluindo o malhado e tigrado.

No Japão, os Akita Inu mais populares têm pelo branco, avermelhado ou tigrado. No entanto, nos EUA os cães com manhas e máscara são os mais procurados. Os cães que não são de cor sólida, devem ter as manchas bem distintas e igualmente distribuídas cobrindo a cabeça e mais de 1/3 do corpo.

História da raça

Até alguns anos após a Segunda Guerra Mundial a raça Akita Americano não existia. No entanto, a importância dos Akita Inu no Japão era significativa. Com uma história de praticamente 5.000 anos, exemplares desta raça encontram-se em potes de barro e sinos de bronze deste país oriental.

A origem da raça está associada à região de Akita, onde estes patudos eram utilizados para caçar ursos, javalis e aves desde o século 17. Durante o século 19 os Akita Inu foram utilizados em lutas de cães. Nessa altura, estes patudos foram cruzados com cães de raças grandes e fortes, como os Tosa ou Mastiff. No entanto, o governo japonês proibiu a luta de cães a partir de 1908. Em 1931, esta raça de cães, uma das mais antigas no continente asiático, foi declarada monumento natural e por conseguinte durante muito tempo a exportação de Akita Inu esteve proibida.

Três Akita Americano em pé na neve

Diversas linhagens

Apesar do reconhecimento da importância desta raça, os Akita Inu foram cruzados com diversas raças de cães durante a primeira metade do século 20. E assim surgiram várias linhagens de Akita Inu com diferenças significativas entre si. Para pôr alguma ordem neste caos, os Akita Inu foram divididos entre as linhagens Ichinoseki e Dewa. Os cães que os soldados americanos levaram para casa eram maioritariamente da linhagem Dewa.

Distanciamento dos Akita Inu e Americano

A seguir à chegada dos soldados americanos a casa, o número de Akitas nos EUA subiu consideravelmente. Assim, em 1956 foi criado o Akita Kennel Club, mais tarde renomeado Akita Club of America, e iniciou-se a criação controlada da raça.

O Japão não reconheceu o Akita America no como uma raça independente e em resposta o American Kennel Club (AKC) rejeitou, em 1972, a inclusão de Akitas importados no seu livro de origens. Devido à total ausência de contato, a linhagem de Akitas nos EUA seguiu um desenvolvimento diferente e independente dos Akita Inu no Japão. Em 1992, o AKC levantou a barreira imposta aos Akita Inu japoneses. No entanto, as diferenças entre o comparativamente delicado Akita Inu e o poderoso Akita Americano eram tão grandes que já não era possível falar de uma só raça.

Reconhecimento oficial do Akita Americano

No ano 2000, a Fédération Cynologique Internationale (FCI) reconheceu oficialmente a existência de duas raças diferentes. O Akita Inu japonês, padrão 255, e o Akita Americano, padrão 344. Para a descrição da raça americana, a FCI baseou-se nos documentos publicados pelo American Kennel Club.

Saúde do Akita Americano

Na Europa existem praticamente tantos criadores de Akita Inu como de Akita Americano. E atualmente o objetivo principal dos criadores é manter as características da raça que escolheram. Naturalmente, os criadores sérios e responsáveis dão tanta ou mais importância a aspetos de saúde dos seus patudos. Assim, podemos afirmar que os cachorros Akita são por regra extremamente robustos e não existem doenças típicas associadas a estas raças. No entanto, como grande parte das raças, os Akita podem sofrer de doenças articulares, cutâneas ou relacionadas com o pelo.

Alimentação do Akita Americano

A principal causa para os problemas de pele e pelo é a alimentação. Por exemplo, uma alimentação muito rica em proteínas brutas, que se encontra em comida energética ou de elevado rendimento, pode provocar uma reação alérgica intensa na pele. Da mesma forma, uma alimentação rica em cereais ou soja também pode causar problemas na pele e no pelo dos Akita Americano. Assim, para evitar estas situações, verifique cuidadosamente os ingredientes da ração para o seu patudo. Se a ração tiver uma elevada percentagem de cereais ou soja opte por outra.

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Uma questão de gosto?

Além de cuidados contra possíveis alergias, a alimentação dos Akita Americano segue as regras de qualquer raça de cães. Assim, sendo descendentes dos lobos, estes cães são carnívoros e a sua alimentação deve ser baseada em proteínas animais de qualidade como carne e também peixe. No entanto, para evitar alergias evite dar ao seu patudo carne de porco. As carnes recomendadas para a dieta dos patudos são vaca, borrego, veado ou avestruz. Além disso, o patudo também precisa de comer uma percentagem de verduras e arroz.

A alimentação pode ser em forma de ração, comida húmida, dieta BARF ou cozinhada em casa. A escolha do tipo de dieta depende não só do paladar do patudo, bem como das convicções e disponibilidade dos tutores. Alguns donos optam por alternativas mais rápidas e simples, enquanto outros preferem escolher e cozinhar a comida dos seus patudos. No entanto, é importante sublinhar que para preparar a comida dos patudos em casa exige conhecimentos nutricionais e sobre a preparação dos alimentos.

Refeições a horas certas

Independentemente do tipo de dieta, os cães devem ter sempre água fresca à disposição. Pelo contrário, as refeições devem ter horas certas e passados 20 minutos deve retirar o comedouro mesmo que o patudo tenha comido pouco. O Akita Americano necessita de pouca comida em relação ao seu tamanho, assim, para ter a certeza que não está a dar comida a mais ao seu patudo controle o peso regularmente.

Cuidados com o Akita Americano

Além de controlar regularmente o peso do seu patudo, deve ter alguns cuidados com o pelo. Graças ao pelo duro e curto, que não tem tendência a ficar sujo, o Akita Americano não exige cuidados muito frequentes. Assim, basta escovar o seu patudo duas vezes por semana. As escovagens fazem com que o pelo se mantenha brilhante e saudável e permite-lhe identificar precocemente problemas de pele no seu patudo, como irritações. Na altura da mudança do pelo é aconselhável escovar o seu Akita diariamente. A escovagem permite retirar os pelos mortos e facilita o crescimento dos pelos novos. Além disso, evita também que a sua casa fique cheia de pelos.

Exercício e desporto

Por um lado, é claro que a alimentação e cuidados de um Akita Americano não exigem muito dos donos. Mas por outro, em outros aspetos estes cães precisam de muita atenção. Por exemplo, mesmo que o seu Akita não peça para ir passear, é um facto que estes cães precisam de fazer muito exercício físico para se manterem saudáveis. Dois passeios por dia à volta do quarteirão não chegam de forma alguma para as necessidades destes patudos. A personalidade do Akita Americano faz com que ele não se interesse por grande parte dos desportos caninos, apesar de ser um cão desportista por natureza. Assim, para o levar a praticar desportos, o dono de um Akita Americano tem que o motivar previamente para que lhe faça sentido participar.

Akita cachorro em pé num jardim

Educação e socialização dos Akita Americano

Além de algo teimosos, os Akita Americano têm também um forte instinto de caça. Estes dois aspetos constituem um desafio para os donos durante o período de treino e educação dos seus patudos.
Além disso, ao passear em zonas florestais ou próximas, o Akita deve andar sempre de trela. Mas para que não seja o patudo a conduzir o dono, ele deve ser bem treinado a andar de trela a e a obedecer ao dono. Uma educação consistente e ao mesmo tempo carinhosa, assim como uma socialização precoce são aspetos essenciais para assegurar uma convivência harmoniosa em família do Akita adulto.

Em conclusão, se pensa ter um destes patudos na família, deve ser experiente no que se refere à educação e treino de cães. Além disso, deve ser uma pessoa que goste de desafios. Com uma educação bem sucedida e no ambiente adequado, o Akita Americano será um incrível companheiro, fiel e carinhoso, toda a sua vida.

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