Habituar o cão à trela

Habituar o cão à trela

Habituar o cão à trela

Habituar o cão ao uso da trela

Qualquer passeio pode ser um teste à sua paciência se o seu companheiro de quatro patas estiver constantemente a puxar a trela. Os puxões podem ser um problema sério quando se trata de um cão de raça grande, pesado e difícil de controlar. Os problemas com as trelas surgem desde tenra idade, mas com alguma perícia e paciência é possível estabelecer as bases para passeios felizes!

Regras básicas para uma utilização apropriada da trela

Os princípios são bastante simples e existem apenas duas regras:

  1. Se a trela estiver justa e o animal a puxar, o passeio é interrompido.
  2. Se a trela estiver folgada, então você e o seu cão podem continuar o passeio. Permita ao cachorro sugerir a direção, mas se a trela for novamente puxada, o  passeio pára.

No entanto, para que tudo corra bem é essencial que estas regras sejam seguidas de forma consistente. Se o cão puxar a trela, o motivo para esse comportamento está muitas vezes na outra ponta da trela – um dono que não está a seguir as duas regras base. Se assim for, o animal entenderá que para alcançar um determinado sítio ou um cheiro empolgante basta puxar a trela. Não importa se o cachorro está a tentar aproximar-se de outro cão ou de um arbusto – facto é que a maior parte dos donos cedem à curiosidade do animal e permitem-lhe decidir o caminho e embora o cachorro fique louco de alegria na descoberta de novos sítios e cheiros, ao permitir este comportamento dificilmente o conseguirá alterar.

Treinar o cachorro para usar a trela

Desde o início do passeio que o animal deve estar contente por seguir todos os passos do dono. Comece por seduzir o cachorro a avançar alguns metros sem o auxílio da trela, sendo esta uma tática que se pode aplicar a partir das oito semanas de vida e com uma dupla função, pois contribui também para fortalecer os laços entre ambos. Caso o local onde se encontrem apresente demasiadas distrações para o cachorro, tente chamar-lhe a atenção com um brinquedo ou uma guloseima. Se este exercício correr bem, experimente agora com a trela. Nunca é de mais relembrar que a trela deve estar sempre folgada! Se o animal corresponder positivamente a este exercício, é a altura de alargar as áreas dos passeios.

Ao mesmo tempo, experimente reduzir as quantidades das guloseimas, oferecendo-as somente de forma ocasional ao caminharem com a trela folgada. Se todas estas fases apresentarem resultados positivos, estão estabelecidas as bases para um bom controlo com a trela – é chegado o momento de enfrentar os desafios maiores! Por exemplo, quando o cachorro repara num possível companheiro de brincadeira ou num osso apetitoso, é com facilidade que irá esquecer tudo o que aprendeu e puxar a trela. Nestes momentos, é necessário parar e esperar. Apenas quando o animal permitir que a trela fique novamente folgada é que devem retomar a marcha. Não há necessidade de voltar a oferecer uma recompensa, já que a chegada ao destino constitui já recompensa suficiente – o animal irá aprender que seguir a regra da ‘trela folgada’ é a forma mais fácil de obter aquilo que pretende! Os cachorros podem demorar algum tempo até apreenderem isto, mas asseguramos que vale a pena o esforço. Pratiquem num ambiente calmo, onde possam permanecer durante bastante tempo, ou andem por pequenas etapas, isto para que o cachorro não se sinta desconfortável. Logo que o cão domine as várias etapas é tempo de aumentar gradualmente o nível de dificuldade – tente levá-lo até ao destino pretendido indiretamente, fazendo alguns desvios, e permita-lhe, ao cumprir a regra base, mais brincadeiras.

Prevenir é o melhor remédio

Evite as exceções que podem levar a que o animal desrespeite as regras e apresente comportamentos indesejados. Se estiver com pressa, a melhor opção é deixar o cachorro em casa, pois não terá tempo para parar e esperar que a trela fique folgada. Se o cão ainda for pequenino, uma boa alternativa à trela é carregá-lo ao colo, e às vezes pode também ajudar andar para trás. Não é habitualmente necessário no treino de cachorros, mas pode, em alguns casos, ser útil. Se tiver consciência que poderá não ser consistente a 100%, experimente treinar o cão tanto com uma coleira como com um arnês, atribuindo a cada qual diferentes papéis. Por exemplo, seja exigente quando o animal tiver a trela colocada, parando sempre que este a puxe e passeando sempre com a trela em modo folgado; pelo contrário, quando o cão tiver o arnês colocado, permita-lhe algumas exceções. Deste modo, é estabelecido um compromisso que ensina ao cachorro que tem de se comportar ao usar a trela quando tem a coleira colocada. Por fim, há um ponto essencial que nunca é de mais relembrar, pois é muitas vezes esquecido pelos donos –  a coleira não deve nunca constituir uma forma de forçar o cão a seguir o caminho pretendido pelo dono. A coleira deve ser encarada como uma ligação entre cão e dono em situações de emergência, tendo em conta a necessidade de manter os dois elos juntos.

Desejamos-lhe os melhores e mais descontraídos passeios com o seu pequeno aventureiro!

Os nossos artigos mais relevantes