A doença de Lyme pode provocar sérios problemas de saúde nas pessoas. Com este nosso guia fique a saber o quão perigosa é esta doença para os gatos e como identificar a doença de Lyme em gatos.
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Os gatos podem ser infectados com a doença de Lyme na natureza através de carraças portadoras de Borrelia.
A doença de Lyme (também conhecida por borreliose de Lyme) é o termo usado pelos veterinários para descrever uma doença infeciosa transmitida por carraças e causada por uma bactéria do género Borrelia.
Habitualmente, a infeção provocada pela doença de Lyme é inofensiva nos gatos. De qualquer forma, deve proteger o seu gato de carraças, já que estas podem provocar outras doenças além da borreliose, como as várias doenças mediterrânicas.
Embora os gatos tenham carraças com frequência, a doença de Lyme é, felizmente, relativamente rara nos gatos. Na Europa Central, entre zero a 37% dos transmissores principais (Ixodes ricinus) estão infetados com Borrelia spp.
Não, o seu gato não lhe pode transmitir borreliose diretamente. No entanto, pode levar carraças infetadas para dentro de casa. Deste modo, as carraças podem transmitir-se para si ou para a sua família e causar infeção.
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Em pessoas e cães, a borreliose é tipicamente acompanhada por perda de apetite, febre e problemas nas articulações, como dor.
No entanto, o caso dos gatos é diferente, já que ainda não se conseguiu estabelecer uma ligação entre a infeção por doença de Lyme e esses sintomas. É muito raro gatos com doença de Lyme desenvolverem sintomas acentuados – e, na maioria dos casos, os gatos afetados já contam com alguma doença preexistente.
Portanto, os investigadores assumem que os felinos têm um tipo de resistência natural a manifestações clínicas da infeção por borreliose.
Deve consultar um veterinário sempre que o seu gato mostre sinais de doença. É ainda mais importante fazê-lo perante suspeitas de doença infeciosa, pois, em alguns casos, as doenças subjacentes podem ser contagiosas para outros animais da casa ou mesmo para si e para a sua família.
Tendo em conta que a borreliose normalmente não provoca sintomas nos gatos, os veterinários raramente os testam para esta doença.
No entanto, o seu veterinário pode, regra geral, detetar uma infeção por Borrelia recorrendo a diversos testes laboratoriais depois de retirar amostras de diferentes tecidos ou fluidos corporais (por exemplo, pele, líquido sinovial ou sangue):
O custo de um teste da doença de Lyme no veterinário é variável e situa-se entre os 40 e os 180 euros, dependendo do método de teste escolhido e da clínica.
Nota: Peça aconselhamento ao seu veterinário sobre se um teste de Borrelia é aconselhável para gatos e quais os custos que deve esperar.
Tratando-se da Borrelia de uma bactéria, a doença de Lyme pode ser tratada com antibióticos. Caso o animal tenha dores, os analgésicos também podem ajudar.
A borreliose de Lyme em gatos é causada pela bactéria com o mesmo nome, Borrelia burgdorferi (sensu stricto e sensu lato). Enquanto na Europa é a carraça Ixodes ricinus a principal transmissora da doença de Lyme nos gatos, já na América do Norte a mais comum é a Ixodes scapularis.
Ao sugarem sangue de gatos infetados, as carraças absorvem os patógenos para os seus organismos. Conseguem infetar gatos ainda não infetados ao sugarem sangue e transmitirem os patógenos para a corrente sanguínea através da saliva.
As carraças não transmitem a Borrelia imediatamente. Normalmente, são precisas entre 24 a 48 horas para a bactéria passar da carraça para o gato.
Quanto mais cedo remover as carraças do seu gato, mais cedo poderá evitar uma infeção.
A doença de Lyme manifesta-se em muito poucos dos gatos infetados. Porém, sendo esse o caso, a doença infeciosa pode ser tratada com sucesso com antibióticos.
Não existe atualmente uma vacina para gatos contra a doença de Lyme. Portanto, todas as medidas preventivas para evitar uma infeção de borreliose resumem-se à proteção fiável contra carraças.
Fontes:
Estudei medicina veterinária na Universidade Justus-Liebig em Gießen, onde pude ganhar alguma experiência em vários campos, como medicina para pequenos e grandes animais, medicina exótica, farmacologia, patologia e higiene alimentar. Desde então, não trabalhei apenas como autora veterinária. Também trabalhei na minha tese, que foi influenciada cientificamente. O meu objetivo é proteger melhor os animais contra patógenos bacterianos no futuro. Além do meu conhecimento, partilho as minhas próprias experiências como dono de um cão e, assim, consigo entender e dissipar medos e problemas, bem como outras questões de saúde animal.
