Convivência entre cães e gatos

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Convivência entre cães e gatos

Convivência entre cães e gatos

Quando falamos da convivência entre cães e gatos, recordamo-nos logo do ditado “dão-se tão bem como cão e gato!” Segundo a sabedoria popular, cães e gatos não se dão. Contudo, nós aqui, defendemos que os pretensos rivais podem viver juntos e de forma pacífica. Para isso, é importante que os donos estabeleçam algumas regras básicas. Descubra quais são e ainda alguns truques para melhorar a convivência entre cães e gatos.

Requisitos a cumprir para uma boa convivência entre cães e gatos

O passado dos animais

Para começar, é importante assegurar que nenhum dos dois tenha tido no passado experiências negativas com o antagonista. Sobretudo, se um gato já tiver sido caçado ou (quase) mordido por um cão, a convivência entre o cão e o gato, será um maior desafio. Inclusive, para o dono.

O primeiro encontro

Para que na sua casa, a convivência entre cães e gatos seja um caso de sucesso, prepare cuidadosamente o primeiro encontro entre os dois animais. Comece por criar plano de convivência e, preferencialmente, conte com a ajuda de alguém. Deste modo, essa pessoa pode dedicar-se inteiramente ao gato; enquanto você cuida do seu cão.

Outro conselho é que no primeiro encontro seja feito na companhia dos donos. Evite factores possam perturbar as primeiras tentativas de convivência entre cães e gatos, como a presença de terceiros, assim como os ruídos altos do rádio ou da televisão.

 

Dicas para preparar os primeiros encontros entre o cão e o gato

  • Demore o tempo necessário para implementá-lo, não tenha pressa
  • Conte com a ajuda de alguém
  • Com essa pessoa, defina quem deverá cuidar do cão e quem dará atenção ao gato e mantenham-se firmes nesse propósito
  • Elimine as distrações – ruídos, telemóvel, outras pessoas, etc. Para uma convivência entre cães e gatos feliz é importante que nos primeiros encontros, concentre toda a sua atenção nos seus animais

Como de deve comportar o dono?

Quanto a si, é importante que irradie calma e serenidade. Se estiver tenso e nervoso no primeiro encontro, isso provavelmente será transmitido ao seu animal de estimação. Em vez disso, deve assumir o papel de moderador, pois dá segurança e serenidade aos peludinhos. Acaricie o cão e o gato e fale de forma tranquila e suave.

Se o seu cão puxar descontroladamente a trela, tente distraí-lo, evitando que veja o gato. No entanto, cuidado com o tom ao falar. Não permita que o cão as interprete como uma confirmação ao seu comportamento ou irá repeti-lo no futuro. É importante que não dê qualquer reforço positivo até que o cão se acalme na presença do gato. Neste sentido, guloseimas só devem ser distribuídas se o comportamento do cão ou do gato for positivo.

O primeiro contacto entre cão e gato

Primeiramente, permita que o novo animal, explore a casa sozinho.

Também é importante que os animais estejam tranquilos antes de se verem pela primeira vez. Sobretudo no caso dos cães, canse-os antes do encontro. Faça um longo passeio, para que ele esteja fisicamente esgotado e satisfeito. Aqui ficam outras dicas importantes para o primeiro encontro entre os dois animais:

  • Assegure-se também que ambos animais estão de estômago cheio.
  • Para evitar conflitos, escolha um espaço neutro na casa para o primeiro encontro. Não o faço num lugar da eleição do animal que já vive consigo. Seria um lugar totalmente inadequado para o primeiro encontro.
  • Por precaução, segure a trela do cão com firmeza.

Neste momento, o uso da trela é fundamental, pois há que evitar potenciais episódios de caça entre cão e gato.

  • Permita que seja o gato é que vai decidir a que distância a que quer ficar do cão. Na maioria dos casos, os gatos primeiro fogem para um sítio alto, onde podem observar a situação e o “rival” à distância.

Após o primeiro encontro

Cães e gatos são dois animais com uma linguagem corporal distinta. Consequentemente, necessitam de algum tempo até que aprendam a interpretar corretamente o comportamento de um do outro. Nesse sentido, é importante que o cão não considere o gato uma presa, nem e gato veja o cão como um predador. Assim que este objetivo seja cumprido, a convivência entre cães e gatos tem tudo para correr bem.

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E se o primeiro encontro corre mal?

Mesmo que tenha elaborado um plano exaustivo e conseguido prever todas as situações, o verdadeiro desafio começa agora. Embora, a convivência entre cães e gatos pacífica seja possível, não espere magia do primeiro encontro. Um cão e um gato dificilmente ficam felizes por se conhecerem e não existe tal coisa como “amor à primeira vista” entre estes dois animais.

Portanto, modere as suas expectativas, contudo não desanime, nem perca a esperança. Naturalmente, vai levar o seu tempo até cão e gato se entenderem. Tenha em mente, que para muitos animais este é um momento de stress e ansiedade. Seja paciente.

Quanto tempo é necessário para que o cão e o gato se entendam?

Após o primeiro encontro, passa-se à fase de praticar, praticar, praticar! Dependendo da ansiedade que o gato demonstra, deverá limitar a convivência nos primeiros dias a apenas alguns minutos por dia. No restante tempo, os animais deverão estar em compartimentos separados.

Inicialmente, é suficiente que os dois animais se encontrem uma ou duas vezes por dia, durante cerca de 5 minutos. Depois, gradualmente, vá alongando os encontros para 10-15 minutos. Se tudo correr bem, em duas semanas tudo estará normalizado.

Em casos mais extremos e até que um dos animais “quebre o gelo”, por assim dizer, podem passar alguns meses até haver uma convivência pacífica. Eventualmente, verá que a sua perseverança será recompensada e os seus companheiros de quatro patas já não conseguirão viver um sem o outro.

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Cães caçadores vs gatos tímidos

Tem um cão de caça?

Tem um gato tímido?

Então, não desanime, pois mesmo nestes casos a convivência entre cães e gatos é possível. Nestes casos, a fase de habituação entre os dois animais pode demorar um pouco mais, contudo não é impossível. Mesmo as raças de cães de caça conseguem viver pacificamente com um gato sob o mesmo teto. Nestes casos, não deve permitir que o cão e o gato andem sempre atrás um do outro. É essencial punir esse tipo de comportamentos, mas também dar-lhes um fim.

O caso dos cachorros

Ainda sobre a convivência entre cães e gatos, saiba que este processo é mais fácil quando os cães são jovens. A verdade é que a socialização funciona melhor com os cachorros, que se habituam facilmente a conviver com outros animais desde o início, sem nenhum “preconceito”. Além disso, nesta fase é mais fácil impor regras aos dois animais.

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Quem veio primeiro: o cão ou o gato?

Uma questão que influencia de forma decisiva a convivência entre cães e gatos é o “quem chegou primeiro?” Se já tem um cão ou gato mais velho em casa, tente manter o recém-chegado sossegado. Os animais são bastante territoriais e não gostam de ver o seu espaço invadido.  Com o tempo, todos se adaptarão.

Por norma, os cães como animais de matilha que são tendem a aceitar bem um novo membro da família. Todavia, o mesmo não ocorre com os gatos. Os gatos são mais céticos em relação ao recém-chegado, encarando-o como uma ameaça ao seu território. Assim sendo, integrar um gato numa casa onde já existe um cão é, normalmente, um processo mais tranquilo e suave.

Precauções a tomar para uma boa convivência entre cães e gatos

Criar refúgios para cada animal

Para uma convivência feliz, garante que cada animal tem na casa espaços de refúgio apropriados. Por exemplo, um arranhador, uma prateleira elevada ou um parapeito de janela vazio, dará ao seu gato a segurança necessária para observar o cão à distância. Faça o mesmo com a comida, pelo menos numa primeira fase.

Separar o comedouro e a zona de higiene

Recomendamos-lhe também que estabeleça uma separação entre a zona de alimentação e a de higiene. Deste modo, evitará conflitos na hora de comer. Se necessário, dê de comer aos peludinhos em horários diferentes.

Tal como os comedouros e bebedouros devem estar afastados, o mesmo acontece com o WC/caixa da areia do gato. O gato preza muito a sua privacidade e precisa de um “sítio sossegado” para fazer as suas necessidades, não reagindo bem a perturbações. Além disso, muitos cães adquirirem o vício de comer as fezes da caixa de areia. Quando tal ocorre e ao dar-se conta, o gato acaba por procura outro lugar para as suas necessidades.

Habituarem-se a cheiros e ruídos

Sobretudo nos primeiros tempos, esfregue a pelugem de cada um dos animais com um pano seco e depois coloque-o na área de alimentação do outro. Deste modo, cão e gato habituam-se ao cheiro de cada um. E, mais importante, associam-no a algo positivo – proximidade cheiro = comida.

Ajude o seu gato a adaptar-se ao latir do cão, gravando. Depois, vá reproduzindo o ladrar do cão junto do gato ouvir. Faça-o gradualmente, primeiro mais baixo e mais alto até atingir o volume real do latido.

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