Hamster

hamster

personalidade, nutrição, equipamento adequado

Hamster-sírio, hamster-dourado, hamster-anão – estas são apenas algumas das espécies de hamsters, disponíveis em diferentes tamanhos e cores. O seu aspeto encantador e o facto de caberem comodamente na palma da mão, são fatores que fazem dos hamsters animais de estimação bastante populares, especialmente entre famílias com crianças. Porém, os animais desta espécie não são tão doces quanto parecem. Os pequenos roedores são sensíveis e exigentes no que toca às suas necessidades.

Temperamento

Pequeno, mas cheio de personalidade!

Transformam a noite em dia e escondem-se nos cantinhos mais escuros durante o dia – os hamsters são verdadeiros solitários. Já que passam a noite a cavar, a escavar e a correr desenfreadamente pela gaiola, é natural que precisem de descanso absoluto durante o dia. Não suportam os barulhos fortes, como as vibrações provenientes da televisão, as crianças a brincar ou o som do aspirador. Do mesmo modo, também não apreciam os avanços das pessoas, que lhes querem dar festas e prendê-los no braço. Quem os acordar e os apanhe para fora do seu esconderijo arrisca-se a conhecer os seus dentinhos afiados.

O animal de estimação indicado para as crianças?

Um olhar mais atento sobre as características dos hamsters rapidamente deixa claro que as suas necessidades nem sempre serão compatíveis com as das crianças. Enquanto a maioria das crianças sonha em ter um animal de estimação para brincar e mimar, os hamsters, por outro lado, querem paz e sossego durante o dia e preferem não ser tocados. É apenas quando anoitece que os animais desta espécie entram em atividade, ao passo que os humanos se encaminham para a cama, após um longo dia. Assim sendo, como animais que as crianças possam sentar num comboio de madeira ou num carrinho de bonecas e puxar, ou empurrar, alegremente pela casa, os hamsters não são os mais indicados. Crianças mais velhas, que tenham já em consideração as necessidades dos animais e não se deitem muito cedo, podem, sem dúvida, aproveitar a companhia destes roedores.

Observar, sim; acariciar, não

Observar o hamster a cavar na areia com as suas pequenas patinhas, a escavar passagens, a empilhar lascas de madeira para se esconder e a divertir-se na roda é fascinante para pessoas de todas as idades. Quem se entretiver a observar estes animais e quem se deite tarde irá certamente “apanhá-los” e apaixonar-se pelas suas particularidades. Se as suas necessidades e ritmos forem aceites, alguns hamsters podem deixar-se domesticar – mas só com muita paciência, tato e pequenos snacks. Porém, uma coisa é certa: nunca serão animais para acariciar, pois tal é proibido pelo seu corpo pequeno e frágil.

Aparência

Hamster-sírio e hamster-angorá

A espécie mais conhecida destes animais é provavelmente o hamster-sírio, também conhecido por hamster-dourado. O hamster-angorá pertence à categoria dos hamster-sírio, apresentando, em contraste, pelo comprido.

 

O hamster-sírio alcança entre 15 a 18 centímetros de comprimento e pesa somente entre 85 a 150 gramas. Além do clássico tom dourado, existem muitas outras variações de cor: creme, preto, bicolor na versão preto com manchas brancas e tricolor na versão branco, castanho, preto. Dependendo da cor e do pelo, podem ainda ser referidos como arlequim, winter white, siamês, russo ou de Campbell.

Hamster-anão

Como animais de estimação, são mantidos quatro tipos de hamster-anão. Aqui se incluem:

  • Hamster-chinês
  • Hamster-russo ou húngaro
  • Hamster-anão-russo-de-Campbell
  • Hamster-anão-de-roborovski

 

Atingindo um comprimento médio entre os 7 e os 10 cm e um peso entre as 25 e as 50 gramas, os hamsters do tipo anão são significativamente mais pequenos e mais leves do que os seus parentes, os hamsters do tipo sírio. O mais comprido de entre este tipo, o hamster-chinês, pode alcançar, com a sua cauda longa, os 12 cm de comprimento. O mais pequeno e o mais frágil é o hamster roborovski.

Adquirir um hamster

O que deve considerar ao comprar um hamster

Ao pretender adotar um hamster como animal de estimação, qualquer futuro dono deve, em primeiro lugar, identificar a espécie que mais lhe agrada. Os hamsters não vivem muitos anos, embora os do tipo sírio sejam habitualmente considerados mais robustos do que os do tipo anão. Ainda assim, o hamster-sírio vive apenas entre 2 a 4 anos. E enquanto os pais consideram a curta esperança média de vida uma vantagem, já que permite às crianças cuidar de um animal durante um período razoável de tempo, os mais novos, pelo contrário, terão que aprender a lidar com a morte prematura do seu pequeno companheiro.

Despesas e vendedores

Infelizmente, tendo em conta a curta esperança de vida e o preço muito acessível de um hamster (um exemplar custa entre 5 a 20 euros, no máximo), é muito fácil adquirir um hamster, muitas vezes sem ponderar devidamente. Porém, os gastos com os acessórios básicos, alimentação e aparas, além das possíveis idas ao veterinário, não devem ser subestimadas. Enquanto o investimento inicial, isto é, a gaiola e os acessórios, ronda os 100 euros, com 20 euros mensais é possível alimentar e aconchegar um hamster. Se o que pretende é usufruir da companhia do seu pequeno roedor durante tanto tempo quanto possível, deve proporcionar-lhe um ambiente apropriado e corresponder às suas necessidades, além de evitar ceder a grandes promoções na internet e de manter a distância de lojistas menos bem intencionados.

O equipamento adequado

Embora pequenos, os hamsters têm algumas exigências relativamente às suas casas. Uma gaiola suficientemente grande, além de substrato em quantidade razoável, para que o animal possa cavar, trepar e esconder-se, são algumas das características essenciais para o seu conforto. A gaiola deve ter dimensões inferiores a 100 x 50 x 50 cm (C x L x A). Em suma, quanto maior, melhor – pois quanto mais espaço houver, mais variado pode ser o lar do animal. Em alternativa, pode manter o hamster num aquário ou num terrário, com a vantagem de este poder cavar tanto quanto queira sem que feno, palha, areia ou madeira caiam através das grades para a carpete ou para o chão. Assim, ainda no que diz respeito a uma gaiola é recomendável optar por uma com um tabuleiro alto. No caso de optar por um aquário, para se certificar de que há circulação de ar suficiente deve colocar uma grade no topo do mesmo; no caso de escolher uma gaiola, fundamental é assegurar-se de que não a deixa em zonas de corrente de ar.

 

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O que não deve faltar numa gaiola para hamster?

O chão da gaiola, ou do terrário, deve ser preenchido com uma elevada camada de substrato, disponibilizando ao pequeno roedor espaço suficiente para cavar. É recomendado um substrato fibroso, preferencialmente misto, composto por feno, palha, cânhamo, granulado de madeira macia ou fibra de milho. As aparas não são apropriadas para os hamsters. Além disso, deve disponibilizar ao animal material para que possa construir o seu ninho, incluindo feno, palha, aglomerado de madeira ou tiras de papel e cartão. Além dos acessórios básicos – casinha para dormir, comedouro e bebedouro – a gaiola deve estar equipada para proporcionar inúmeras possibilidades de brincadeira, exploradas pelo animal durante a noite: trepa, cava, escala, “espreme-se” para passar através dos buracos mais estreitos, esconde-se em pequenos esconderijos e corre em grande azáfama pelo meio dos ramos para roer e das pedras.

Um mundo de diversão e aventura com rodas, cocos e banhos de areia

Um labirinto de madeira, ramos, rolos de papel, casca de cortiça, metades de coco, pedras, tubos de barro ou caixas de ovos colocados em diferentes níveis, são o melhor que pode oferecer ao seu pequeno e aventureiro explorador. Também uma banheira para os banhos de areia não deve faltar na gaiola. Recomendamos a areia para chinchilas – encha um recipiente com pelos menos 20 cm ou uma zona específica da gaiola. Se pretende também colocar uma roda na gaiola, certifique-se de que não é demasiado pequena ou a espinha dorsal do hamster ficará demasiado torcida durante as suas corridas. É ainda preferível que as paredes da roda sejam fechadas, impedindo assim que o animal fique preso.

 

Resumindo: não existem limites para a imaginação no que toca à decoração da gaiola do seu pequeno redor. Porém, são precisas precauções com acessórios feitos com plástico e com tintas. Por outro lado, uma gaiola cheia de atividades não substitui as oportunidades de sair fora da gaiola, de tempos a tempos. Para impedir que o hamster desapareça debaixo do sofá ou atrás das cortinas ou brinque com os cabos elétricos, é importante limitar a área de liberdade a uma divisão.

Alimentação dos hamsters

Nas lojas para animais encontra-se disponível uma enorme seleção de misturas de alimentos, como diferentes cereais, flores, ervas desidratadas e fruta. A percentagem de nozes, sementes oleaginosas e trigo deve ser baixa. Além de oferecer ao seu hamster ração de qualidade premium, pode fazê-lo ainda mais feliz com algumas guloseimas. Um pedaço de pimento do tamanho de uma unha, meia rodela de pepino, uma pequena rodela de batata, uma passa ou um fruto da roseira brava são snacks aos quais um hamster dificilmente resiste – e, com alguma paciência, até os comerá da mão dos donos e, talvez, acostumar-se ao toque humano. De modo a satisfazer a necessidade de proteína animal destes roedores deve ser-lhes oferecido, entre 2 a 3 vezes por semana, um grilo seco, bichos-da-farinha ou queijo fresco.

Cuidados e limpeza da gaiola

Oferecer ao seu hamster cuidados adequados às suas necessidades quotidianas e também uma alimentação apropriada contribuem em muito para a saúde dos seus dentes e pelo. Os hamsters são animais muito limpos, e, tal como os gatos, lambem-se regularmente, mantendo o pelo limpo. Os banhos de areia facilitam também à limpeza do pelo e das unhas destes roedores. No entanto, no que diz respeito à limpeza da gaiola, o hamster está dependente dos donos. De modo a evitar-se o desenvolvimento de germes e de odores desagradáveis, o substrato deve ser trocado com frequência. O “cantinho do xixi”, isto é, onde o animal faz habitualmente as suas necessidades, deve ser alvo de especial atenção. Para lhe facilitar a tarefa de limpeza, invista numa das designadas casas de banho de canto, aceites pela maioria dos hamsters sem problemas. Pelo menos 2 a 3 vezes por ano é importante limpar a fundo a gaiola, incluindo o seu interior (nestes momentos, os hamsters devem ser naturalmente retirados da gaiola). No que toca aos cuidados do quotidiano, assegure-se que a água no bebedouro é trocada diariamente e que a comida no comedouro é fresca.

Hamster como animal de estimação: vantagens e desvantagens

Em comparação com praticamente todos os restantes animais domésticos é bastante económico adquirir um hamster; porém, não deixam de ser seres vivos e têm determinadas necessidades. Precisam de ser alimentados, a gaiola tem de ser limpa, a água e o substrato têm que ser mudados com regularidade, além de que a sua necessidade de atividade física tem que ser satisfeita com materiais de construção criativos e também oportunidades regulares de circular fora da gaiola. Os hamsters não são de todo recomendados como animais “de teste” para crianças pequenas que queiram um animal de estimação nem para preencher lacunas de adultos que não queiram ter muito trabalho, tal como o teriam com um cão ou um gato. Um hamster precisa de um dono que leve a sério as suas necessidades, respeitando o seu desejo de tranquilidade durante o dia e que não se importe com o barulho quando este começar a correr na gaiola à noite. Mesmo que seja uma pessoa que não precisa de dormir muito, não o aconselhamos a colocar a gaiola no quarto. Ao atingirem a maturidade sexual os hamsters são verdadeiros solitários e a presença de outro exemplar na gaiola é tão pouco tolerada quanto as carícias constantes do dono. Ao contrário dos cães e dos gatos, os hamsters não manifestam desejo de proximidade. Se optar, e bem, por simplesmente observar o animal, faça-lo à noite, enquanto este cava, constrói e trepa. Ao aceitar as peculiaridades do seu pequeno roedor, este certamente o aceitará como dono!

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