Vacinas para cavalos This article is verified by a vet

veterinário a vacinar cavalo

As vacinas para cavalos são habitualmente administradas intramuscularmente no pescoço.

As vacinas também têm um papel muito importante na medicina veterinária. Têm como objetivo proteger animais domésticos, cavalos e outros tantos animais, de doenças infeciosas perigosas. Aqui pode encontrar que vacinas podem ser dadas a cavalos e perceber se são ou não adequadas para o seu cavalo.

Relevância: porque é que as vacinas são importantes para os cavalos? 

As vacinas para cavalos são a forma mais importante para os veterinários prevenirem doenças infeciosas e evitar que se propagem entre os animais. Portanto, não se trata apenas de uma medida profilática de um animal individual, mas também de toda a cavalaria.

Em termos gerais, uma vacina funciona produzindo proteção ativa ou passiva:

No caso da imunização ativa, o veterinário administra antigénios mortos ou vivos ao animal. Deste modo, o cavalo tem que lutar ativamente contra esses antigénios.

Na imunização passiva, passa-se o oposto. O veterinário injeta o cavalo com anticorpos específicos (por exemplo, antitoxinas ou imunoglobulinas), dirigidos contra os agentes patogénicos. No entanto, esta forma de vacinação apresenta uma desvantagem. Ou seja, o sistema imunitário do seu cavalo não desenvolve proteção a longo prazo.

Em Portugal, quem determina a administração e obrigatoriedade das vacinas é a Direção-Geral da Alimentação e Veterinária. Este organismo providencia aos veterinários orientações baseadas em evidências científicas para a vacinação dos animais.

Porém, as recomendações exatas podem mudar de país para país. Regra geral, existem comissões separadas para cada caso. Portanto, o melhor é sempre obter informação junto da entidade responsável ou informar-se com o veterinário.

Vacinas core: quais as vacinas consideradas de administração essencial para os cavalos?

As designadas vacinas core referem-se àquelas que os veterinários consideram que todos os cavalos devem tomar. Então, neste grupo incluem-se as vacinas contra a gripe equina, herpesvírus equino e tétano.

O herpesvírus equino do tipo 1 (HVE-1) e do tipo 4 (HVE-4) é das mais importantes doenças infeciosas virais que afeta os cavalos. Enquanto os cavalos infetados com o tipo 1 podem sofrer abortos ou doenças neurológicas, a infeção pelo tipo 4 provoca tipicamente problemas respiratórios, além de outros sintomas.

Caso português

Atualmente, em Portugal não há stock destas vacinas e não está autorizada a sua venda. Apenas com autorização de utilização especial pedida pelo médico veterinário à DGAV é permitido importar a vacina de Espanha.

Alguns estudos mostram que a administração de vacinas vivas gera boa imunidade na cavalaria. Porém, para que isto aconteça, todos os cavalos da cavalaria têm que estar vacinados e ser cumpridas as regras de higiene habituais.

A gripe equina é uma doença viral dos cavalos bastante temida. Os vírus podem apresentar diferentes características. Portanto, os veterinários classificam os vários tipos: H3N8 e H7N7. 

Assim, as vacinas são as ferramentas mais importantes contra a gripe equina. Tendo em conta que os antigénios variam, o mesmo se passa com as vacinas, de acordo com o painel de especialistas da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

O tétano é o resultado da neurotoxina do tétano (tetanopasmina). Esta liberta a bactéria Clostridium tetani, cujos esporos são encontrados no ambiente por todo o mundo.

Portanto, se o seu cavalo pisar um prego, o agente patogénico pode entrar no corpo do seu companheiro de quatro patas. Esta doença infeciosa fatal costuma provocar paralisia espástica dos músculos.

De modo a proteger o seu cavalo, deve vaciná-lo contra o tétano. A vacina do tétano é necessária em Portugal. Depois da imunização básica, o intervalo entre reforços depende da vacina usada. Regra geral, no entanto, situa-se entre um a três anos.

Alternativa à vacina contra o tétano

Em alternativa, está disponível um soro hiperimune, composto por uma vacina toxoide e um antisoro. Dá aos cavalos proteção imediata, mas requer um teste rápido específico antes da readministração. O objetivo é evitar possíveis efeitos alérgicos.

Vacinas para cavalos: porque é necessária a imunização básica?

Sem imunização básica, o seu cavalo não estará devidamente protegido contra as referidas doenças infeciosas. Nos cavalos, a imunização básica baseia-se em três vacinas core: contra o herpervírus equino, a gripe equina e o tétano.

Vacinação dos potros

O calendário de vacinação abaixo indica quando é que um potro deve tomar cada uma das vacinas:

Idade Vacina 
6 meses  HVE, gripe equina, tétano 
7 a 7 ½ meses HVE, gripe equina, tétano
12 a 14 meses HVE, gripe equina
19 a 21 meses  Tétano

Informação importante: potros nascidos de éguas não vacinadas que não ingiram colostro suficiente (leite materno) devem tomar a primeira dose das vacinas contra a HVE, a gripe equina e o tétano aos quatro meses de idade. O mesmo se aplica se o seu potro não tiver um nível suficiente de anticorpos.

Resumo da vacinação de reforço

A vacinação de reforço deve ser aplicada de acordo com o seguinte esquema: 

Intervalo Vacina
todos os 6 meses  HEV 
7 a 7 ½ meses gripe equina, HEV, tétano
todos os 2 a 3 anos  tétano

Casos especiais: éguas grávidas

No caso de éguas grávidas, pode ser necessário outro esquema de vacinação. Por exemplo, uma vacina viva contra a HVE-1 pode ser administrada entre o quarto e o quinto meses e, adicionalmente, no oitavo mês da gravidez.

Além disso, uma vacina inativa combinada contra os tipos 1 e 4 pode ser administrada por um veterinário entre o quinto e o sétimo meses e também no nono mês de gestação.

No caso da gripe equina, a vacinação de éguas grávidas tem lugar entre o quarto e o quinto meses e também entre o décimo e o décimo-primeiro mês.

Vacinas para cavalos não core: quais as vacinas opcionais? 

Além das vacinas para cavalos já mencionadas, existem outras formas de proteger o seu cavalo contra doenças infeciosas. Em geral, as vacinas não obrigatórias incluem as contra a infeção do rotavírus equino, dermatomicoses, garrotilho, doença de Lyme, raiva e vírus do Nilo Ocidental.

Portanto, consulte o seu veterinário para se aconselhar acerca destas vacinas. O médico irá ajudá-lo a encontrar a melhor solução individual para o seu cavalo.

Efeitos secundários: serão as vacinas para cavalos perigosas?

Antes de uma vacina ser aprovada, passa por várias etapas. Portanto, durante este processo o laboratório responsável testa a eficácia prometida e os potenciais efeitos secundários que possa causar. Regra geral, então, pode assumir-se que as vacinas aprovadas têm eficácia comprovada.

Além disso, também se pode informar acerca de possíveis efeitos secundários junto do seu veterinário. Estes encontram-se, então, no folheto informativo do medicamento e são listados de acordo com a frequência com que se verificam. Assim sendo, não é possível generalizar efeitos secundários.

Fontes:


Franziska G., Veterinária
Profilbild von Tierärztin Franziska Gütgeman mit Hund

Estudei medicina veterinária na Universidade Justus-Liebig em Gießen, onde pude ganhar alguma experiência em vários campos, como medicina para pequenos e grandes animais, medicina exótica, farmacologia, patologia e higiene alimentar. Desde então, não trabalhei apenas como autora veterinária. Também trabalhei na minha tese, que foi influenciada cientificamente. O meu objetivo é proteger melhor os animais contra patógenos bacterianos no futuro. Além do meu conhecimento, partilho as minhas próprias experiências como dono de um cão e, assim, consigo entender e dissipar medos e problemas, bem como outras questões de saúde animal.


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